Propondo uma alternativa cênica ao gênero musical biográfico teatral, a peça aborda a trajetória de Gonzaguinha, resgatando o discurso político do célebre compositor da MPB, numa tentativa de despertar a memória afetiva individual e coletiva, do autor e do espectador, para utilizá-la como potência de resistência e luta contra a opressão social no Brasil.
Inspirado pelo formato do último show que Gonzaguinha realizou, o espetáculo proporciona uma apresentação acústica e intimista das canções, onde a voz (falada e cantada) é acompanhada apenas pelo violão, tocado pelo próprio ator, que se aproxima bastante do espectador, convidando-o a aliar-se a ele num encontro para celebrarem juntos a saudade deste tão admirado compositor da Música Popular Brasileira.
A dramaturgia utiliza processos de colagem e montagem, reunindo trechos diversos de entrevistas concedidas pelo músico, tanto a programas de TV quanto à mídia impressa, de modo a formar um painel sobre suas trajetórias — a profissional e a pessoal.